terça-feira, 31 de maio de 2011


Eu preciso muito, muito de você. Eu quero muito, muito você aqui de vez em quando nem que seja, muito de vez em quando. Você nem precisa trazer maçãs, nem perguntar se estou melhor. Você não precisa trazer nada, só você mesmo. Você nem precisa dizer alguma coisa no telefone. Basta ligar e eu fico ouvindo o seu silêncio. Juro como não peço mais que o seu silêncio do outro lado da linha ou do outro lado da porta ou do outro lado do muro. Mas eu preciso muito, muito de você. 
Caio F. Abreu

sábado, 14 de maio de 2011

Eu já sabia como você falava, como se comportava.
Você já me conhecia, e sabia o jeito de me confortar.
Apesar de ir e não voltar, eu nunca vou poder me esquecer;
Esse seu jeito particular de me encantar, de nunca saber 
o que vai acontecer, e sempre se surpreender ao me ouvir falar.
E todos os que passavam não ocupavam seu espaço,
não sabem agir do mesmo modo. 
Porque não há ninguém tão parecido, ou jamais igual.. 
eu sei, o que você me causou não foi mal.
Só foi amor. 
Mas o amor, como a moeda, tem duas faces
e só fica pra cima o que a sorte escolher.
Me perdoe se eu me entreguei a solidão;
O gosto do sofrimento não me deixou escolha,
não me deixou cabeça, não me deixou razão;
Se hoje o meu amor não habita mais em ti,
Não foi por minha vontade.
Parar de lembrar que deixastes de existir,
Foi um ato de necessidade.
E no calor do sofrimento, minha moeda do amor
não tem mais duas faces.
Não tem mais face nenhuma.
Hoje, derretida, ela escorre pelos cantos, pelos ralos,
E hoje, ela se esconde das dores que seguem seu rastro.

( minha escritora desconhecida favorita /\ )